O que é energia eólica?Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores, para a geração de eletricidade, ou cataventos (e moinhos), para trabalhos mecânicos como bombeamento d’água. Atualmente, existem mais de 30 mil turbinas eólicas em operação no mundo.
História
O primeiro registro histórico da utilização da energia eólica para bombeamento de água e moagem de grãos através de cata-ventos é proveniente da Pérsia, por volta de 200 A.C. Acredita-se que antes da invenção dos cata-ventos na Pérsia, a China (por volta de 2000 A.C.) e o Império Babilônico (por volta 1700 A.C) também utilizavam cata-ventos rústicos para irrigação (CHESF-BRASCEP, 1987).
Um importante marco para a energia eólica na Europa foi a Revolução Industrial no final do Século XIX. Com o surgimento da máquina a vapor, iniciou-se o declínio do uso da energia eólica na Holanda. Já no início do século XX, existiam apenas 2.500 moinhos de ventos em operação, caindo para menos de 1.000 no ano de 1960 (CHESF-BRASCEP, 1987).
Moinho de vento típico da Holanda
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A Segunda Guerra Mundial (1.939-1.945)
contribuiu para o desenvolvimento dos aerogeradores de médio e grande porte,
uma vez que os países em geral empenhavam grandes esforços no sentido de
economizar combustíveis fósseis. Durante o período entre 1955 e 1968, a
Alemanha construiu e operou um aerogerador com o maior número de inovações
tecnológicas na época. Os avanços tecnológicos desse modelo persistem até hoje
na concepção dos modelos atuais, mostrando o seu sucesso de operação.
Tratava-se de um aerogerador de 34 metros de diâmetro operando com potência de
100kW, a ventos de 8m/s (HÜTTER, 1973, 1974 apud DIVONE, 1994). Esse
aerogerador possuía rotor leve em materiais compostos, duas pás a jusante da
torre, sistema de orientação amortecida por rotores laterais e torre de tubos
estaiada; operou por mais de 4.000 horas entre 1957 e 1968. Em 1968, quando o
modelo foi desmontado e o projeto encerrado por falta de verba, as pás do
aerogerador apresentavam perfeitas condições de uso (CHESF-BRASCEP, 1987) (DIVONE,
1994).
Fonte:http://www.cresesb.cepel.br/index.php?link=/tutorial/tutorial_eolica.htm
Fonte:http://www.cresesb.cepel.br/index.php?link=/tutorial/tutorial_eolica.htm
Como funciona?
O vento gira uma hélice que
esta conectada a um gerador que produz eletricidade. Quando varias turbinas de
vento são ligados a uma central de transmissão de energia, temos uma central
eólica. A quantidade de energia produzida por uma turbina varia de acordo com o
tamanho das suas hélices e, claro, do regime de ventos na região em que está
instalada. E não pense que o ideal é contar simplesmente com ventos fortes.
"Além da velocidade dos ventos, é importante que eles sejam regulares, não
sofram turbulências e nem estejam sujeitos a fenômenos climáticos como
tufões", diz o engenheiro mecânico Everaldo Feitosa, vice-presidente da
Associação Mundial de Energia Eólica.
Clique no vídeo abaixo para assisti-lo.
Vantagens da energia eólica
- É
inesgotável, não emite gases poluentes e nem gera resíduos e diminui a emissão de gases de efeito estufa.
Vantagens para a comunidade
- Os parque eólicos são compatíveis com outros usos e
utilizações do terreno como a agricultura e a criação de gado;
- Geração de emprego;
- Geração de investimento em zonas desfavorecidas;
- Benefícios financeiros (proprietários).
Vantagens para o Estado
- Reduz a elevada dependência energética do exterior;
- Poupança devido à menor aquisição de direitos de
emissão de CO2 por cumprir o protocolo de Quioto e diretivas comunitárias
e menores penalizações por não cumprir;
- Possível contribuição de cota de GEE para outros
setores da atividade econômica;
- É uma das fontes mais baratas de energia podendo
competir em termos de rentabilidade com as fontes de energia tradicionais.
Desvantagens da energia eólica
- A intermitência, ou seja, nem sempre o vento sopra
quando a eletricidade é necessária, tornando difícil a integração da sua
produção no programa de exploração;
- Pode ser ultrapassado com as pilhas de combustível
(H2) ou com a técnica da bombagem hidroelétrica;
- O custo elevado desta energia, dificulta a sua
implementação como energia alternativa;
A energia eólica e o meio ambiente
A energia eólica é considerada a energia mais limpa do
planeta, disponível em diversos lugares e em diferentes intensidades, uma boa
alternativa ás energias não renováveis.
Para a bióloga Vania Soares, que possui mestrado em ecologia, não existe um modelo de produção de energia que seja 100% limpo e seguro. As pequenas centrais hidrelétricas (PCH), por exemplo, que produzem até 30 MW, são instaladas principalmente em rios de pequeno e médio portes que possuem desníveis significativos durante seu percurso, para gerar potência hidráulica suficiente para movimentar as turbinas. No conjunto, explica Vania, as PCH geram menor impacto ambiental, mas localmente podem causar fragmentação de rios. Já as termelétricas são uma opção como backup. "Nos períodos de menor oferta pluviométrica, termelétricas que usam biomassa, reaproveitando resíduos, podem ser opções para pequenas comunidades".
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252011000200003&script=sci_arttext
Impactos e problemas causados pela energia eólica
Nos últimos anos, o Brasil voltou a investir em grandes hidrelétricas, concentradas na Amazônia. Embora a geração hidráulica seja considerada como energia renovável e de baixa emissão de carbono (“limpa”), a construção de hidrelétricas e linhas de transmissão causa impactos à população e ao meio ambiente (inundação de florestas e terras agrícolas, deslocamentos populacionais, mudanças no regime hidrológico, etc.).
Apesar de não queimarem combustíveis fósseis e não emitirem poluentes, podem ocasionar impactos ambientais. Podem alterar paisagens, ameaçar pássaros se forem instaladas em rotas de migração. Emitem ruídos, podendo causar incomodo e interferência aos aparelhos eletrônicos.
Fonte:http://www.fcmc.es.gov.br/download/energia_eolica.pdf
A busca por maior efi ciência energética e por novas fontes renováveis de energia (eólica, solar, resíduos de biomassa, etc.) é a melhor maneira de atender às demandas, minimizando os impactos à população e ao ambiente.
Apesar de não queimarem combustíveis fósseis e não emitirem poluentes, podem ocasionar impactos ambientais. Podem alterar paisagens, ameaçar pássaros se forem instaladas em rotas de migração. Emitem ruídos, podendo causar incomodo e interferência aos aparelhos eletrônicos.
Fonte:http://www.fcmc.es.gov.br/download/energia_eolica.pdf
O custo da energia eólica
Fonte: http://themessky.blogspot.com.br/2012/03/wind-energy-images.htm |
O custo dos geradores eólicos é elevado, porém o vento é uma
fonte inesgotável de energia. E as plantas eólicas têm um retorno financeiro a
um curto prazo. Outro problema que pode ser citado é que em regiões onde o
vento não é constante, ou a intensidade é muito fraca, obtêm-se pouca energia e
quando ocorrem chuvas muito fortes, há desperdício de energia.
Para a implantação de parques ou fazendas eólicas é necessário
um espaço físico que permita a instalação de aerogeradores para atender à
demanda local e que possibilite suprir, no futuro, o aumento da demanda. A
instalação de aerogeradores não impede o uso produtivo da terra.
Em determinados países, a energia dos ventos pode se tornar
pouco competitiva comparada com as fontes convencionais porque o alto custo da
tecnologia, em conjunto com os baixos preços dos combustíveis fósseis, pode
tornar a energia eólica pouco atraente. No entanto em outros países, o custo de
combustíveis fosseis, é elevado.
Atualmente, tanto no exterior quanto no Brasil, os técnicos
conseguiram, nos últimos anos, desenvolver um arsenal tecnológico capaz de
captar a energia dos ventos com maior eficiência e custo reduzido.
A qualidade da energia eólica
A qualidade de energia no contexto da geração eólica descreve o
desempenho elétrico do sistema de geração de eletricidade do aerogerador onde
quaisquer perturbações sobre a rede elétrica devem ser mantidas dentro de
limites técnicos estabelecidos conforme o nível de exigência imposto pelo
gerente de operações da rede.
Para a maior parte das aplicações de unidades eólicas, a rede pode
ser considerada como um componente capaz de absorver toda a potência gerada por
estas unidades, com tensão e frequência constantes. No caso, por exemplo, de
sistemas isolados de pequeno porte, podem ser encontradas situações onde a
potência elétrica fornecida pelo aerogerador alcance valores compatíveis com a
capacidade da rede. Onde a rede é fraca, a qualidade da energia deve ser uma das
principais questões a serem observadas sobre a utilização de aerogeradores
(tamanho, tipo de controle, etc.)
A energia eólica no Brasil
Embora o mercado de Parques Eólicos
estejam em crescimento no Brasil, ele já movimenta 2 bilhões de dólares no
mundo. Existem 30 mil aerogeradores de grande porte em operação no mundo, com
capacidade instalada da ordem de 13.500 MW.
A
energia eólica pode garantir 10% das necessidades mundiais de eletricidade até
2020, pode criar 1,7 milhão de novos empregos e reduzir a emissão global de
dióxido de carbono na atmosfera em mais de 10 bilhões de toneladas. Os
campeões de uso dos ventos são a Alemanha, a Dinamarca e os Estados Unidos,
seguidos pela Índia e a Espanha.
No âmbito
nacional, o estado do Ceará destaca-se por ter sido um dos primeiros locais a
realizar um programa de levantamento do potencial eólico, que já é consumido
por cerca de 160 mil pessoas. Outras medições foram feitas também no Paraná,
Santa Catarina, Minas Gerais, litoral do Rio de Janeiro e de Pernambuco e na
ilha de Marajó.
A
capacidade instalada no Brasil é de 928,98MW, num total de 51 parques eólicos,
que vão desde potências de 600kW até 150MW, com turbinas eólicas de médio e
grande portes conectadas à rede elétrica. Vários Estados brasileiros seguiram os passos do
Ceará, iniciando programas de levantamento de dados de vento.
Hoje existem mais de cem anemômetros computorizados espalhados pelo território nacional Brasileiro. Considerando o grande potencial eólico do Brasil, confirmado através de estudos recentes, é possível produzir eletricidade a custos competitivos com centrais termoelétricas, nucleares e hidroelétricas, com custo reduzido.
Hoje existem mais de cem anemômetros computorizados espalhados pelo território nacional Brasileiro. Considerando o grande potencial eólico do Brasil, confirmado através de estudos recentes, é possível produzir eletricidade a custos competitivos com centrais termoelétricas, nucleares e hidroelétricas, com custo reduzido.
FONTE: http://www.portal-energia.com/historia-e-funcionamento-da-energia-eolica-no-brasil/
As
principais regiões para aproveitamento do potencial eólico no país são os
estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso
do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A maior velocidade se encontra nos litorais
do nordeste e do sul. Um mapa de ventos preliminar do Brasil gerado a partir de
simulações computacionais com modelos atmosféricos é mostrado na figura abaixo.
Regiões com aproveitamento eólico no Brasil
De acordo com a
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia eólica é responsável
atualmente por apenas 0,9% da potência elétrica instalada do país, que é de 110
mil MW. A previsão é que nos próximos 3 anos a geração de energia eólica no
Brasil crescerá 600%, desde os atuais 1 mil MW até 7 mil MW em 2014,
impulsionado entre outros fatores, pela instalação no País das maiores empresas
estrangeiras do setor. Dados, divulgados pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em
inglês), mostram que o Brasil cresceu mais do que o dobro da média mundial:
31%.
Os Parques Eólicos de Osório, no Rio Grande do Sul inaugurado
em 2006 formam o maior complexo gerador de energia a partir do vento da América
Latina. Atualmente tem uma potencia instalada de 150 megawatts distribuídos em
3 parques: Osório, Sangradouro e Indios. A companhia espanhola Elecnor, através
de sua filial Enerfin, instalará mais 28 megawatts dessa energia renovável em
Osório por um valor de R$ 104 milhões, com a construção e exploração de um novo
parque, chamado Dois Índios 2. O projeto está previsto que se conecte à rede em
2014.
Ao
mesmo tempo a francesa Alstom anunciou em junho deste ano que obteve um
contrato com a brasileira Brasventos de 200 milhões de euros (US$ 288 milhões
ou R$ 457 milhões) para construir e fazer a manutenção de três parques eólicos
que serão instalados no Rio Grande do Norte, com uma produção
prevista de 580.000 MWh anuais. Segundo a empresa essa quantidade é suficiente
para assegurar o fornecimento de energia elétrica a mais de 100 mil casas, e
reduzir ao mesmo tempo as emissões de CO2 em 300 mil toneladas por ano.
A Bahia vem também nessa corrida conquistando mais 18 parques eólicos no leilão de energia eólica do Governo Federal ocorrido neste mês de agosto: “Com os resultados de hoje, a Bahia consolida sua vocação para a energia renovável, chegando a 52 projetos eólicos em instalação ou previstos no estado. Quando estiverem funcionando, vão acrescentar cerca de 1.414,4 mil MW à rede elétrica. Além da garantia do suprimento de energia através de uma fonte limpa, a Bahia ganha investimentos importantes no interior, onde justamente o Governo quer investir mais em industrialização e gerar novos empregos”, diz o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia.
A Bahia vem também nessa corrida conquistando mais 18 parques eólicos no leilão de energia eólica do Governo Federal ocorrido neste mês de agosto: “Com os resultados de hoje, a Bahia consolida sua vocação para a energia renovável, chegando a 52 projetos eólicos em instalação ou previstos no estado. Quando estiverem funcionando, vão acrescentar cerca de 1.414,4 mil MW à rede elétrica. Além da garantia do suprimento de energia através de uma fonte limpa, a Bahia ganha investimentos importantes no interior, onde justamente o Governo quer investir mais em industrialização e gerar novos empregos”, diz o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia.
Impactos socioambientais
A geração de energia elétrica por meio
de turbinas eólicas constitui uma alternativa para diversos níveis de demanda.
As pequenas centrais podem suprir pequenas localidades distantes da rede,
contribuindo para o processo de universalização do atendimento. Quanto às
centrais de grande porte, estas têm potencial para atender uma significativa parcela
do Sistema Interligado Nacional (SIN) com importantes ganhos: contribuindo para
a redução da emissão, pelas usinas térmicas, de poluentes atmosféricos;
diminuindo a necessidade da construção de grandes reservatórios; e reduzindo o
risco gerado pela sazonalidade hidrológica, à luz da complementaridade citada
anteriormente. Entre os principais impactos socioambientais negativos das
usinas eólicas destacam-se os sonoros e os visuais. Os impactos sonoros são
devidos ao ruído dos rotores e variam de acordo com as especificações dos
equipamentos (ARAÚJO, 1996). Segundo o autor, as turbinas de múltiplas pás são
menos eficientes e mais barulhentas que os aerogeradores de hélices de alta
velocidade. A fim de evitar transtornos à população vizinha, o nível de ruído
das turbinas deve atender às normas e padrões estabelecidos pela legislação
vigente.
Os impactos visuais são decorrentes do
agrupamento de torres e aerogeradores, principalmente no caso de centrais
eólicas com um número considerável de turbinas, também conhecidas como fazendas
eólicas. Os impactos variam muito de acordo com o local das instalações, o
arranjo das torres e as especificações das turbinas. Apesar de efeitos
negativos, como alterações na paisagem natural, esses impactos tendem a atrair
turistas, gerando renda, emprego, arrecadações e promovendo o desenvolvimento
regional. Fonte: <http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/pdf/06-energia_eolica(3).pdf>
A força dos ventos
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/DilmaRousseff |
Durante o Fórum Brasileiro de Mudanças
Climáticas, a presidenta Dilma Roussef deu declarações polêmicas em relação à
energia eólica e enfatizou a importância da continuidade dos investimentos em
hidrelétricas. Ela afirmou que “para garantir energia de base renovável que não
seja hídrica, fica difícil, porque eólica não segura. E todo mundo sabe disso”,
e continuou, dizendo que seria necessário usar outros tipos de energia já que
“não venta o tempo todo e não tem como estocar vento. Não posso dizer que só com
eólica é possível iluminar o planeta”.
“As críticas de Dilma só reforçam a
necessidade de desmistificar a concepção de que só teremos luz em nossas casas
se construirmos grandes hidrelétricas, como Belo Monte”, afirma Sérgio Leitão,
Diretor de Campanhas do Greenpeace Brasil. O Brasil tem potencial para ser o
primeiro país a ter toda a sua matriz energética proveniente de fontes
renováveis e limpas e deve dar o exemplo de que desenvolvimento sustentável é
possível.
O parque elétrico brasileiro é majoritariamente
hidrelétrico e a energia gerada por hidrelétricas corresponde a mais de 80% de
toda a matriz elétrica do país, o que não significa que este seja o melhor
modelo de produção de energia. “Esse modelo de obras faraônicas causa profundos
impactos socioambientais e precisa ser abandonado”, disse Leitão. Só o
potencial de energia dos ventos, de acordo com o Ministério de Minas e Energia,
é de 143 Gigawatts, o equivalente à produção de dez Itaipus.
Ainda, segundo Leitão, o Brasil apresentou a
maior taxa de expansão da fonte eólica no mundo nos últimos 12 meses, o que
deve colocá-lo entre os dez maiores produtores em 2013. O país tem hoje a
energia eólica mais barata do mundo, o que oferecerá a oportunidade de
complementar nossa produção energética com a exploração do “pré-Vento”, muito
menos oneroso que o pré-sal que investirá mais de R$ 600 bilhões até 2020 para
viabilizar a sua exploração no exato momento em que o uso de combustíveis
fósseis é cada vez mais inviável devido ao aquecimento global e às mudanças
climáticas. Fonte: http://ekoesustentavel.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html
Projeções do consumo futuro de energia dependem criticamente do tipo de desenvolvimento e crescimento econômico que o país terá.
Projeções do consumo futuro de energia dependem criticamente do tipo de desenvolvimento e crescimento econômico que o país terá.
As decisões de um país na área de energia não podem ser calcadas em meros modelos. A matriz energética brasileira depende dos rumos que o desenvolvimento econômico do país vai seguir.
A necessidade de uma política energética que reconheça esse fato fundamental é crescente, visto que parte do sistema energético foi privatizado e depende, portanto, de investimentos não-governamentais que não ocorrerão a não ser que regras claras sejam estabelecidas.
Em todos os casos, o licenciamento ambiental de empreendimentos deve ser obedecido. É possível mitigar muitos dos impactos e, com políticas corretas e prévio e transparente estudo de impacto ambiental, proceder a compensações ambientais justas.
MS pode gerar energia solar e eólica em escala comercial,
dizem estudos.
Aerogeradores e placas fotovoltaicas, que produzem energia
elétrica a partir da força dos ventos e da radiação solar, já mudaram a
paisagem do nordeste do país, chegaram à região sul e, em breve, poderão ser
vistos no cerrado brasileiro. No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul é o estado
com maior potencial, segundo estudos preliminares do Ministério das Minas e
Energia.
O atlas do potencial eólico brasileiro indica a intensidade
e os locais mais interessantes para esse tipo de exploração. Esses mapas foram
traçados a partir de dados registrados por bases e torres meteorológicas. Em
uma unidade instalada no norte de Mato Grosso do Sul, a velocidade dos ventos
chega a 54 km/h, condição favorável à produção de eletricidade.
saiba mais
- Com alta na demanda de energia em MS, concessionária busca alternativas.
- Empreendimentos comerciais em MS apostam em energia sustentável.
A implantação de parques eólicos e solares para gerar
energia renovável em Mato Grosso do Sul, em escala comercial, já está em
análise. Engenheiros, físicos, geógrafos e meteorologistas fazem parte do grupo
de estudos técnicos coordenado pela gerência estadual de energia. "A
expectativa é de fazer as instalações da parte eólica na região de São Gabriel
do Oeste, Campo Grande, Sidrolândia, Maracaju e Jardim", afirma o gerente
estadual de energia, Ildo d'Oliveira Mariano.
O potencial eólico e solar, aliado à posição geográfica do
estado, tem despertado o interesse de grupos estrangeiros que pretendem
investir nas energias renováveis. "Quase que mensalmente eles têm nos
procurado, com uma série de missões, no sentido de passar informações para que
eles possam gerar um projeto específico para Mato Grosso do Sul e desenvolver
tanto a parte de energia eólica como solar", diz Mariano.
Atualmente, o estado produz por mês 538 Mw de energia
proveniente de hidroelétricas e biomassa, principalmente a partir do bagaço da
cana. Para atender à demanda atual de 810 Mw, é preciso importar energia do
sistema nacional. Sem falar nas perdas totais que chegam a 14,7%.
Um dos maiores parques de energia eólica do mundo
Dabancheng um dos maiores parques de energia eólica da China, situado na província Xinjiang. |
Os maiores parques de energia eólica do Brasil
Um dos maiores parques de energia eólica. Água Doce - SC Fonte: http://eolicastrairi.com.br/2012/07/evolucao-da-energia-eolica-no-brasil/ |
Parque eólico Rio de Fogo (RN), o segundo maior do Brasil
Fonte:
http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2011/abril/investimentos-de-r-25-bi-dao-mais-competitividade
|
O maior complexo eólico da América Latina
A Bahia se consolidou como um dos maiores fornecedores de energia renovável do país, após a
inauguração do complexo eólico Alto Sertão I, que abrange os municípios de
Caetité, Igaporã e Guanambi, na região sudoeste. No total foram gerados 1.300
empregos diretos e indiretos.
Esse complexo é considerado o maior da América Latina
com capacidade para abastecer uma cidade com aproximadamente dois milhões de
habitantes. A solenidade de inauguração foi realizada em Caetité, com a
presença do governador Jaques Wagner, de secretários estaduais, além dos
dirigentes da empresa Renova Energia, responsável pelo empreendimento.
O complexo teve o investimento de R$ 1,2 bilhão
é composto por 14 parques eólicos e 184 aerogeradores, que, juntos, vão gerar
300 megawatts (MW). Segundo o diretor-presidente da Renova Energia, Mathias
Becker, mais 15 parques eólicos estão previstos para o estado – seis
inaugurados em 2013 e nove em 2014. “A Bahia, principalmente em Caetité,
Igaporã e Guanambi, tem um potencial eólico único mundo. Foi isso que nos
deixou mais competitivo”.
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Fonte: http://www.rheoset.com.br/Maior-complexo-Eolico-da-America-Latina-467-ver.html
Principais países líderes em produção de energia eólica |
1 -
CHINA - Dona de 1/4 da capacidade eólica mundial, a China é o país líder em
investimento no setor, com 62,7 mil megawatts (MW) instalados (26,3 %
participação global) entre 1996 e 2011. Trata-se de 40 vezes a capacidade
eólica total do Brasil, de 1,5 mil MW. De acordo com o relatório do GWEC, no ano passado, o gigante asiático também
tomou a frente do processo de expansão, instalando mais 18 mil MW, quase metade
do total mundial registrado no período. Por trás do desempenho chinês está a
necessidade do país de superar sua dependência energética do petróleo e reduzir
as emissões de gases que contribuem para o aquecimento global, garantindo, assim,
um abastecimento limpo para sustentar seu crescimento.
2 - ESTADOS UNIDOS- Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar no ranking do
GWEC, com uma capacidade eólica acumulada de 46,9 mil MW, o que corresponde a
19,7% do total mundial. Nem mesmo a repercussão prolongada da crise financeira
e as incertezas em relação a políticas ambientais de médio e longo prazo
diminuíram o ritmo de investimento em energia renovável na terra do Tio Sam. Em 2011, o país foi responsável pelo segundo maior investimento no setor,
instalando 6,8 mil MW, cerca de 17% do crescimento da eólica verificado no
mundo de janeiro à dezembro.
3 - ALEMANHA- No terceiro lugar do ranking, a Alemanha registra uma capacidade
eólica total de 29 mil MW, respondendo por 12,2% do acumulado mundial. A
Alemanha também foi o quarto país que mais contribuiu para o crescimento do
setor no ano passado, com mais 2,086 MW instalados, representando 5% da
participação global. A conversão para energia limpa garante não só a redução das emissões de gases
nocivos ao planeta como a geração de novos postos de trabalho. Na última
década, mais de 300 mil vagas foram criadas no agitado mercado de energias
renováveis do país.
4 - ESPANHA- Em quinze anos, a capacidade total instalada de energia eólica
espanhola atingiu 21,6 mil MW, o que representa 9,1% do potencial dos projetos
eólicos mundiais. Apesar da crise, em 2011 o país teve o sétimo maior
crescimento do setor, registrando aumento de mil MW de capacidade e uma
participação global de 2,5%.
5 - ÍNDIA - Os ventos também sopram positivamente para a Índia, que soma 16 mil
MW em projetos eólicos, o quinto maior desempenho mundial, com participação de
6,7%. No ano passado, o país registrou aumento de 3 mil MW, cerca de 7% do
total investido no mundo, ficando com o terceiro melhor desempenho.
6 - FRANÇA - A sexta colocação no ranking do GWEC foi para a França que, entre
1996 e 2011, acumulou uma capacidade eólica total de 6,8 mil MW, o que
representa 2,9% de participação mundial. No ano passado, como seus antecessores e a despeito da crise, o país também
teve um bom desempenho - instalou mais 830 MW, respondendo por 2% do
crescimento mundial do setor no período.
7 - ITÁLIA - A Itália é o sétimo líder em energia eólica no mundo, somando 6,7 mil MW em
capacidade instalada, com participação mundial de 2.8%. Já em relação à expansão, entre janeiro e dezembro do ano passado, o país caiu
para o oitavo lugar, com um total de 950 MW, o que representa 2.3% dos
investimentos mundiais no período.
8 - REINO UNIDO- Marcando presença entre os maiores e mais agressivos mercados
de eólica, o Reino Unido possui a oitava maior capacidade total instalada ao
longo de 15 anos. São 6,5 mil MW em projetos eólicos que, ao todo, respondem por 2,7% da
participação mundial. Em 2011, o país registrou um aumento de 1,3 mil MW, cerca
de 3,1% dos investimentos globais totais no mesmo período.
9 - CANADÁ- Segundo o GWEC, o Canadá é o nono país com maior capacidade eólica
instalada. O país acumula um total de 5,2 mil MW, representando 2,2% do potencial
mundial. Em 2011, o Canadá apresentou a sexta maior expansão no período, com a soma de
mais 1,2 mil MW, respondendo sozinho por 3,1% do crescimento mundial total no
período.
10 - PORTUGAL- Na décima posição do ranking, mas ainda entre os líderes,
aparece Portugal. Sozinho, ele responde por 1.7% da capacidade de geração
eólica total instalada do mundo. Ao todo, o país acumula 4 mil MW em projetos
eólicos, quase o triplo da capacidade instalada do Brasil, de 1,5 mil MW.
Como Funciona a energia eólica?
Parte 1
Parte 2
Parte 3
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